Juara terá durante o mês de setembro campanha contra Hepatites Virais.
A equipe do Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Atendimento Especializado (CTA/SAE) convida a toda a população para participar de uma campanha contra as Hepatites Virais, a ação será desenvolvida durante todo o mês de setembro.
Confira todo o cronograma das atividades que serão desenvolvidas no decorrer do mês de setembro:
Palestras nas escolas e no CRAS no decorrer do mês;
Pit-Stop e arrastão com Equipe CTA/SAE e Agentes Comunitárias de Saúde,com panfletagens e orientações na Avenida Rio Arinos esquina do Água d’ Fiori e esquina da Ótica Visual;
Coleta de Sangue na Secretaria de Saúde, Câmara e Garagem Municipal além da coleta realizada nos PSFs e PAM para os servidores da saúde;
Vacinação de HPV em meninas de 9 a 13 anos (02 doses), e Hepatite B em toda população (03 doses).
A equipe do CTA/SAE também convida a população para realizar Teste Rápido de HIV, Hepatite B, Hepatite C e Sífilis em qualquer Unidade de Saúde, PAM ou CTA/SAE. Prevenção é o Melhor Diagnóstico.
SERVIÇO DO SAE/ CTA
O atendimento no Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) é feito das 7h as 11h e das 13h as 17h, não é necessário agendamento para a realização dos exames de HIV, Hepatite B e C e VDRA. A unidade de saúde está localizada no anexo do Posto de Atendimento Médico (PAM). Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3556-4289.
Hepatites Virais
As hepatites virais são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado. Cinco diferentes vírus são reconhecidos como agentes etiológicos da hepatite viral humana: o vírus da hepatite A (HAV), o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV), o vírus da hepatite D ou Delta (HDV) e o vírus da hepatite E (HEV). Com exceção do HBV, que possui genoma DNA, todos os demais são vírus RNA.
Embora apresentando diferenças quanto ao tipo de genoma viral, estrutura molecular e classificação taxonômica, estes cinco agentes etiológicos têm o fígado como alvo primário e causam um processo necroinflamatório característico: a "hepatite". Náusea, vômitos, mal-estar, dor-de-cabeça, e perda do apetite são os sintomas mais freqüentes na fase inicial da doença. Colúria (urina escura) e acolia (fezes esbranquiçadas) antecedem a fase ictérica (pele e olhos amarelados) que, em geral, coincide com alteração das provas de função hepática.
As hepatites A e E são transmitidas pela via orofecal e causam infecções agudas benignas, que evoluem para a cura sem necessidade de tratamento específico. As hepatites B, C e D podem evoluir para a hepatite crônica, que tem como principais complicações a cirrose e o carcinoma hepatocelular.
HEPATITE A - transmissão oro-fecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal com pessoas infectadas. O vírus da hepatite A tem distribuição mundial e apresenta maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população. Nestas áreas, a hepatite A apresenta-se como uma doença típica da infância. Com a melhoria das condições sócio-econômicas, os adultos jovens constituem o grupo mais susceptível à infecção.
HEPATITE B - via primária de transmissão é a parenteral, por contato com sangue e hemoderivados. É também transmitida por contato sexual e de mãe infectada para o recém nascido (durante o parto ou no período perinatal). Grupos de alto risco incluem os usuários de drogas injetáveis, homossexuais/heterossexuais com múltipos parceiros.
HEPATITE C - a forma mais comum de transmissão é a parenteral, por exposição percutânea direta ao sangue, hemoderivados ou instrumental cirúrgico contaminado. Receptores de sangue e derivados, usuários de drogas injetáveis, pacientes de hemodiálise e profissionais de sáude (vítimas de acidentes pérfuro-cortantes) apresentam alto risco de infecção pelo HCV.
HEPATITE D - O agente Delta é um vírus defectivo que precisa, para sua replicação e expressão, da função auxiliar do vírus da hepatite B. A forma de transmissão é similar à da hepatite B. A hepatite D apresenta caráter endêmico nas regiões de alta prevalência para a hepatite B, onde a transmissão se dá principalmente por vias não-parenterais (vertical ou por contato pessoal ). Nos países apresentando baixa prevalência para a hepatite B, a infecção pelo vírus Delta ocorre principalmente entre os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos.
HEPATITE E - a forma mais freqüente de transmissão é por ingestão de água contaminada; menor probabilidade de transmissão por contato pessoa. O vírus da hepatite E (HEV) assim como o da hepatite A, causa uma infecção benigna que não evolui para a forma crônica. Os casos mais graves são observados entre as gestantes: 20% das que contraem o HEV evoluem para a forma fulminante, fatal em 80% dos casos.
O diagnóstico laboratorial das hepatites virais inclui as provas da função hepática e a pesquisa de marcadores sorológicos específicos (antígenos e anticorpos). Testes complementares para a detecção direta do genoma viral podem ser necessários para confirmação diagnóstica, determinação do genótipo infectante ou monitoramento da resposta à terapia antiviral.
As medidas preventivas incluem o saneamento básico, as boas práticas de higiene pessoal, o uso de preservativos, o uso de agulhas e seringas descartáveis, o não compartilhamento de objetos pérfuro-cortantes (barbeadores, instrumentos de manicure/pedicure, etc). Já existem vacinas para as hepatites A e B; esta última pode ser adquirida nos postos de saúde da rede pública.
Indivíduos infectados pelo vírus da hepatite B têm 5% a 10% de risco de tornarem-se doentes crônicos. Na hepatite C, o risco é de 85%. O tratamento das hepatites B e C é feito com agentes antivirais, com 70% e 35% de sucesso, respectivamente.
Fonte: FIOCRUZ e Aline Francisco/Assessoria de Imprensa/Prefeitura Municipal/Juara/MT.