Diretora da escola de Paranorte busca melhorias junto a Câmara Municipal.
A Diretora da Escola Francisco Sampaio, de Paranorte, Joselina Aureliano Francisco, usou a palavra minutos antes que antecediam a Sessão Itinerante, para apresentar aos vereadores as demandas da escola, pontos que a comunidade escolar acha relevantes para melhorar o processo ensino/aprendizagem no distrito.
O primeiro ponto levantado pela diretora foi o atraso no início do ano letivo. Segundo ela, nunca se começa as aulas na data certa, isto acarreta prejuízos a todos e ela não entende o porquê desta situação. Outra questão foi a reforma da escola, o que houve na verdade foi a passada de uma ‘tintinha’ nas paredes e só. A diretora cobra a reforma da rede elétrica que hoje não suporta nem um ventilador ligado, a reforma do telhado e do forro da escola que está praticamente caindo.
A quadra coberta também foi lembrada pela professora. O local não atende a comunidade pois precisas de adequações e de iluminação para que seja utilizada a noite para a prática desportiva. É preciso que se coloque um transformador para estabilizar a energias no local. A escola precisa da construção de mais uma sala para a educação infantil, os pais cobram melhorias, mas a direção da escola afirma que não pode fazer nada. “Por isso estamos apelando para que os vereadores nos ajudem aqui” declarou Joselina.
Outra necessidade é a adequação da Sala de Informática na escola de Paranorte. A diretora Joselina afirma que tem os computadores, mas falta fiação. “Vários gestores já foram na escola e prometem a reforma geral e fica só na promessa, ninguém faz nada. Estes equipamentos de informática nunca foram usados e é uma necessidade” cobra a diretora. A comunidade escolar exige uma biblioteca para que os alunos façam pesquisas. “Sem internet e sem livros para consultas o que podemos esperar dos nossos alunos”? Questiona a diretora.
Outra grave situação que chegou ao conhecimento dos vereadores é a falta de pagamento da reposição dos professores, ou seja, começa o ano letivo e os professores contratados estão em sala de aula. O problema que o contrato assinado não repõe os meses já trabalhados e só passa a ter validade meses depois. “Os professores já se socorreram do SINTEP, aí a secretaria diz que paga hoje, que paga amanhã e até agora nada. Então, trabalhamos para o município e rebemos calote do próprio município” desabafa a diretora em nome dos seus colegas.
A efetivação dos servidores aprovados no concurso público é outro pedido da escola. Na escola de Paranorte teve candidato que passou em primeiro lugar e até agora não foi chamado para assumir a sua vaga. “É só cobrança e mais cobrança, um diz uma coisa e não cumpre e aqui as coisas vão de mal a pior na questão da educação” reclamou um professor que não quis se identificar. “Diante destes pontos elencados aqui, na presença dos vereadores, pedimos que estas questões sejam resolvidas, ou pelo menos, parte delas” discorreu a diretora.
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal, João Pinto (PSB), acatou com muita atenção os reclames dos professores e se declarou indignado com esta situação de desleixo com Paranorte. “Solicitei a diretora Joselina que coloque tudo no papel e envie para o Poder Legislativo. É um absurdo o que se transformou a educação em Paranorte e eu vou interferir junto ao Prefeito Municipal para que este quadro seja mudado. Juara merece respeito e os vereadores estão aqui para defender os interesses da população. Não somos nós que temos a decisão de fazer isto acontecer, mas sim a Prefeitura Municipal que é a executora das melhorias. Garanto que vamos juntos lutar para que isto aconteça” explicou João Pinto.