Deputado Fávero e vereador Salvador tem propostas semelhantes de combate a violência contra as mulheres.

Um grave problema social e recorrente.

Vergonha, medo, questões financeiras e o descrédito em relação à aplicação da Justiça ainda têm sido obstáculos para muitas mulheres vítimas de violência doméstica. Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que Mato Grosso é o estado com maior índice de processos por violência doméstica no Brasil e aponta que de cada mil mulheres no estado, 27,2 são vítimas de violência doméstica em algum processo que tramita no Tribunal de Justiça.

Preocupado com isso, o deputado estadual Silvio Fávero (PSL) encaminhou indicação ao governo do estado propondo que seja implantada a Casa-abrigo nos municípios do interior, considerando que a capital, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso já possuem esse tipo de acolhimento. “Os pontos de apoio que temos no estado não são suficientes para atender essa demanda que ainda é alarmante”, observou o deputado.

Em Juara, a situação não é diferente e há muitos registros nos cadernos policiais de violência doméstica e as mulheres são as maiores vítimas. Diuturnamente, os veículos de comunicação estão se reportando sobre algum caso de violência no município.

Neste sentido, o vereador Salvador Pizzolio (PRB) teve aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 020/2017, que institui o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – CRAM – e que seja integrado às ações da Secretaria Municipal de Assistência Social e por ela gerenciado.

Assim como a proposta da Casa-abrigo, o CRAM de Juara visa promover a ruptura da situação de violência e a construção da cidadania por meio de ações globais e de atendimento interdisciplinar (psicológico, social, jurídico, de orientação informação) à mulher que se encontra nesta situação de violência e de constantes ameaças, auxiliando-a na superação do impacto sofrido.

A Casa-abrigo foi criada em 2009, pela Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres.

Para o deputado Fávero, a violência doméstica é um efetivo problema social e só denunciar o agressor não é suficiente, considerando a vulnerabilidade e fragilidade da vítima.

Já o vereador Salvador Pizzolio justifica que é preciso mudar este cenário imediatamente e dar um basta nos casos de violência contra as mulheres, que muitas vezes, humilhadas, não tem a quem se socorrer.