Crianças de Juara recebem orientação sobre verminoses e como combatê-las.

Atividades vão até sexta-feira 2.
Crianças de Juara recebem orientação sobre verminoses e como combatê-las.

Alunos da Rede Municipal de Ensino.

A Prefeitura Municipal de Juara, por meio da Secretaria de Saúde, iniciou nesta segunda-feira (28)  a Campanha Nacional de Hanseníase, Verminose e Tracoma  com as crianças e adolescentes da rede pública de ensino. A campanha teve inicio quinta-feira com um pit stop na Avenida Rio Arinos, com a distribuição de panfletos e orientando os motoristas que trafegavam pela via.

A Campanha tem o objetivo de alertar as crianças, os adolescentes e os pais quanto ao tratamento para doenças como Hanseníase, Verminose e Tracoma, que são todas tratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesta segunda-feira a equipe de atendimento do Posto de Assistência Médica (PAM) atendeu as crianças da Escola Municipal Pingo de Gente nos períodos da manhã e da tarde. Nesta terça-feira (29) o atendimento foi na Escola Estadual Luíza Bezerra Nunes, também nos dois períodos. Na quarta-feira as crianças da Escola Costa e Silva serão atendidas, e na sexta-feira, 02 de dezembro para encerrar a campanha os alunos da Escola Comendador serão atendidos.

A Campanha nas escolas tem o cunho orientativo e os profissionais também administram nas crianças e adolescentes um comprimido em dose única do remédio Albendazol, que atua no sentido de desverminar essas crianças. Os menores também recebem panfleto orientativo e um cartão onde consta a data em que recebeu o medicamento.

HANSENÍASE

A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões.

O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não a desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um ano e o paciente pode ser completamente curado, desde que siga corretamente os cuidados necessários. Assim, buscar auxílio médico é a melhor forma de evitar a evolução da doença e a contaminação de outras pessoas.

O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.

Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico. (Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/doencas/hanseniase.htm)
 
 VERMINOSE

As verminoses humanas são doenças causadas por vermes (platelmintos e nematelmintos) que parasitam o corpo humano e que provocam algum problema no funcionamento do organismo. Geralmente habitam os intestinos do ser humano, podendo migrar para outras partes do corpo.
 
Formas de contágio
 
Estes vermes hospedeiros podem penetrar no corpo humano das seguintes formas:
- Contato direto ou indireto com fezes humanas ou de animais contaminadas com por vermes.
- Ingestão de água contaminada.
- Ingestão de alimentos contaminados com vermes ou seus ovos.
 
Principais verminoses e vermes causadores:
 
- Cisticercose – ingestão de ovos da tênia solium. As larvas que nascem dos ovos podem migrar para várias partes do corpo, trazendo graves problemas para a saúde do hospedeiro, inclusive a morte.
- Ascaridíase: provocada pelo verme áscaris lumbricoides. Estes vermes ficam no intestino da pessoa doente, obtendo alimento no bolo alimentar. Pode, em grande quantidade, obstruir o intestino ou levar a pessoa a grave desnutrição.
- Esquistossomose – doença popularmente conhecida como “barriga d’água” é causada pelo schistosoma mansoni. Pode provocar na pessoa doente, cólicas, dores de cabeça, emagrecimento, tonturas e diarreias.
- Enterobiose ou oxiuríase: causada pelo verme nematódeo Enterobius vermiculares. Pode causar, na pessoa infectada, prurido anal, diarreias, vômitos e náuseas.
- Ancilostomíase (conhecida também como amarelão) – causada pelo verme Ancylostoma duodenale , pode provocar lesões nas paredes dos intestinos, espoliação sanguínea e lesões nas paredes pulmonares e na pele. 
 
Atitudes preventivas:
 
- Beber somente água filtrada, fervida ou mineral (de fonte adequada para o consumo humano);
- Lavar e, quando necessários, esterilizar os alimentos antes de consumi-los;
- Lavar muito bem as mãos antes das refeições;
- Lavar muito bem as mãos após usar o banheiro, para evitar contaminar outras pessoas, caso esteja infectado com algum verme;
- Fritar, assar ou cozinhar muito bem as carnes de animais antes de comê-las;
- Não andar descalço em locais sujos ou com possível foco de contaminação como, por exemplo, próximos a esgotos que correm ao ar livre. (Fonte: http://www.todabiologia.com/doencas/verminoses_humanas.htm)
 
TRACOMA

O tracoma é uma doença oftálmica, que afeta a conjuntiva, córnea dos olhos e pálpebras, levando a uma inflamação crônica. A etiologia é bacteriana, uma variedade da Chlamydia trachomatis, uma bactéria gram-negativa, intracelular obrigatória e que leva a uma hipertrofia dos folículos, hipertrofia papilar e formação de um pano, que resulta na formação de uma cicatriz e até em cegueira.

No Brasil, há relatos de que esta enfermidade foi trazida pelos europeus, no século XVIII, no Nordeste, onde foram estabelecidos diversos focos desta doença. No ano de 1904 o Governo do Estado de São Paulo proibiu a entrada de imigrantes com tracoma no porto de Santos, mas esta medida durou pouco tempo devido à pressão dos cafeicultores que necessitavam da mão-de-obra vinda de outros países. Nos dias de hoje, o Ministério da Saúde promove controle nas regiões de alta prevalência desta doença.

Transmissão

A forma de transmissão desta bactéria se dá pelo contato direto com secreções oculares, nasais e bucais do indivíduo afetado e também, através de objetos que entraram em contato com as secreções de indivíduos contaminados e até insetos podem funcionar como vetores mecânicos.

O período de incubação desta bactéria varia de 5 a 12 dias e após este período, o indivíduo começa a apresentar sinais clínicos da doença, que são, inicialmente, lacrimejamento, descarga mucopurulenta, irritabilidade ocular. Quando a doença está mais avançada há a presença de cicatrizes na córnea e conjuntiva, levando há uma deformação das pálpebras, fazendo com que os cílios fiquem em contato direto com os olhos, prejudicando assim a visão. Há também inchado dos nódulos linfáticos que se localizam próximo aos ouvidos.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, isolando o agente etiológico, ou também, através da sorologia. Na técnica de isolamento do agente, utiliza-se um swab para fazer a raspagem da conjuntiva e o material coletado é corado e em seguida, analisada para saber se há inclusões citoplasmáticas típicas das clamídias. Já no teste sorológico, há a utilização de anticorpos fluorescentes na busca da presença das clamídias nos raspados da conjuntiva.

Tratamento

No tratamento os medicamentos utilizados são tetraciclina e sulfas, durante um período de 3 semanas e tetraciclina oftálmica é aplicada nos olhos 4 vezes ao dia, durante 6 semanas. O tratamento deve ser realizado adequadamente para que seja prevenida a cegueira. (Fonte: http://www.infoescola.com/doencas/tracoma/) 

Fonte: Aline Francisco/Assessoria/Prefeitura Municipal/Juara/MT.